segunda-feira, 7 de abril de 2014

Hormônios da gravidez

andreia vieira

Hormônios da gravidez

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As variações hormonais no corpo da mulher, durante a gravidez, provocam profundas alterações, tanto físicas como emocionais. Lidar com elas é um dos principais desafios de qualquer casal que esteja esperando um bebê. Mas isso não é necessariamente um bicho de sete cabeças, como muitos acreditam. Basta entender um pouco melhor o que se passa com a gestante e perceber que essas moléculas estão mais para aliadas do que para vilãs. Sem deixar de considerar que o nível de alguns hormônios, como o do estrogênio, pode aumentar 30 vezes e isso tem reflexos no dia a dia da mulher. Veja algumas dicas para enfrentar essa verdadeira enxurrada de hormônios.

Fim do ciclo menstrual e início da gravidez
Os dois hormônios que dominam no ciclo menstrual são o estrogênio e a progesterona. Ambos têm a função de preparar o corpo feminino para uma possível fertilização. Em geral, antes da ovulação, há a predominância de estrogênio e, após a ovulação, a taxa de estrogênio cai e cede espaço para a progesterona. Após a queda do nível de progesterona, a mulher menstruará e renovará o ciclo. Se a taxa desse hormônio não diminuir, significa que a mulher engravidou. Em um ciclo regular, a ovulação ocorre entre o 12º e o 16º dia, contados a partir do primeiro dia de menstruação.

Hormônio beta-HCG, para saber se está grávida
Hormônio produzido pelo ovário logo após a concepção, tem o nome científico de gonadotrofina coriônica. A detecção de sua presença no organismo é o indício em que se baseia grande parte dos testes de gravidez. Associado à progesterona, o beta-HCG tem um papel importante na manutenção da gravidez durante o primeiro trimestre.

Hormônio progesterona, a responsável pelos enjoos
No primeiro trimestre da gestação, a placenta ainda está em formação e o que mantém o metabolismo da gravidez é a progesterona, produzida pelo ovário em altas doses. Após esses três meses, a placenta assume o controle. A taxa de progesterona varia de mulher para mulher e de gravidez para gravidez. De acordo com os médicos, quando esse nível é baixo, as chances de aborto na fase inicial da gravidez e de parto prematuro aumentam. A progesterona também é a responsável pelos famosos enjoos da gravidez. Como se não bastasse, ela provoca sono, salivação e alteração de humor. Algumas mulheres até emagrecem nessa fase por causa dos vômitos. Também é comum que ocorram inchaços no corpo, mesmo no início da gravidez. Porém é bom lembrar que muitas mulheres retêm líquidos mesmo antes de engravidar. Durante o ciclo, na fase pré-menstrual, a prática de atividade física ameniza a retenção hídrica, além de aliviar os sintomas da TPM (tensão pré-menstrual). No início da gravidez, no entanto, mesmo exercícios físicos leves costumam ser desaconselhados devido ao risco de abortamento. A partir do terceiro mês, em compensação, a prática de hidroginástica, natação, esteira, bicicleta ergométrica, ioga e pilates é muito indicada. Para evitar o inchaço demasiado, é importante que a gestante fique atenta à alimentação, pois o ganho excessivo de peso pode facilitar a retenção hídrica. A dica é seguir uma dieta rica em proteínas, pouco carboidrato e muitas frutas e verduras.

Hormônio estrogênio e os surtos de calor e rinite
O estrogênio tem uma atuação importante no sistema circulatório. Ele favorece a dilatação dos vasos e prepara o corpo da mulher para o aumento do volume de sangue em veias e artérias. Após a formação da placenta, no final do primeiro trimestre, o nível do estrogênio atinge índices até 30 vezes superiores às taxas anteriores à gravidez. Toda essa dilatação vascular contribui para a gestante apresentar sintomas de rinite, maior tendência a ter calor e até dores de cabeça. Outra função do estrogênio é a dilatação e o crescimento das glândulas mamárias para a futura amamentação. Pode ocorrer também uma relação direta no aumento da libido da mulher. Não raro, ela tem desejos sexuais durante a gravidez e o homem não corresponde por receio de machucar a esposa e seu bebê. Na adolescência feminina, o estrogênio é o hormônio de maior importância. É ele quem define as características dos órgãos sexuais femininos (pilificação, mamas, vagina) e também tem uma atuação importante na feminilidade, no brilho do cabelo, na textura da pele e até no timbre da voz.

Prolactina: hormônio do leite a caminho
Produzido pela placenta, é um hormônio que, associado a outro, chamado lactogênio placentário, tem a responsabilidade de deixar as glândulas mamárias aptas para a futura produção de leite. A ação desses hormônios começa a aumentar a partir do segundo trimestre de gravidez. Ao final da gestação, a atividade, tanto da prolactina quanto do lactogênio, é tão intensa que a gestante só não produz leite antes do parto porque a alta taxa de estrogênio no organismo corta essa possibilidade. É importante considerar que a prolactina interfere na disposição sexual da mulher ao reduzir a libido e ressecar a vagina. Mas esse efeito é mais intenso depois do parto, durante a amamentação.

Alterações metabólicas
Com a ação dos hormônios durante a gravidez, também há tendências de elevação nos índices de glicose e de triglicérides em razão das necessidades nutricionais do bebê. É preciso fazer o monitoramento da glicemia para diagnosticar precocemente uma eventual ocorrência de diabetes gestacional, que colocará em risco a saúde da mulher e do bebê. A principal prevenção para evitar o diabetes gestacional é não obter um aumento excessivo de peso no período. A pressão arterial também fica alterada durante a gravidez e as referências do que é ou não normal mudam. Por isso o médico faz sempre um acompanhamento.

Oscilações de humor
As alternâncias de humor, pela descarga de hormônios, são muito comuns na gravidez, sobretudo no primeiro trimestre – a partir do quarto mês, a gestante já começa a sentir seu bebê mexer e fica mais segura em relação ao bem-estar dele. O impacto das alterações emocionais pode ser minimizado com um pré-natal bem feito e, eventualmente, com medicações fitoterápicas, conforme a orientação do médico. Algumas gestantes podem precisar de apoio profissional para lidar melhor com suas emoções. Tratar os sintomas das mudanças hormonais ajuda a aliviar o mau humor. Usar sutiãs mais justos previne dores nas mamas. Medicamentos antieméticos, sob a orientação médica, minimizam crises de vômito. Para dores no corpo, as massagens são uma ótima pedida. Para inchaço, drenagem linfática. E assim por diante.

A partir do segundo trimestre, as dores nas costas aumentam a irritação da gestante. A origem do problema é uma mudança no eixo de equilíbrio causada pelo rápido crescimento do útero. A altura e o peso da gestante também interferem na intensidade da dor, assim como a quantidade de bebês no útero. Quanto maior o ganho de peso e mais sedentária for a gestante, pior será o desconforto, daí a necessidade de um controle da dieta e de prática de exercícios físico, de preferência os de baixo impacto.

Nos últimos meses de gravidez, a variação de humor tende a ser a mais intensa diante das inúmeras limitações para fazer coisas básicas, como andar, dormir, tomar banho, se vestir, ir ao trabalho. Nessa fase, ao se olhar no espelho e se sentir obesa e cheia de estrias, a mulher tende a ter problemas de autoestima, o que pode provocar crises emocionais piores.

O principal remédio para combater os efeitos colaterais dos hormônios na gravidez é planejar a chegada de um filho. A compreensão e a participação do marido e da família também são de extrema importância nessa fase, fazendo com que a mulher se sinta mais segura e amparada para enfrentar o desafio de ser mãe. Tudo começa com escolha de um médico obstetra de confiança, que acompanhe a gravidez durante os nove meses, sem traumas e com boas lembranças. Alguns especialistas defendem, inclusive, que a gestação ideal é aquela que começa meses antes da fecundação.

Fontes

Luiz Fernando Leite, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo;
Simão Augusto Lottenberg, endocrinologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Como aliviar os enjoos na gravidez

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Como aliviar os enjoos na gravidez

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Médicos dão dicas de como reduzir as náuseas e os vômitos nos primeiros meses de gestação. Sim, é possível reduzir esse mal-estar!

As náuseas e os vômitos durante o primeiro trimestre de gravidez são considerados pelos médicos um sinal de que tudo vai bem. No entanto, esses desconfortos, que são consequência da atuação dos hormônios no corpo da mulher, realmente, incomodam. Veja algumas dicas para reduzir o mal-estar:

- Não passe muitas horas de estômago vazio, pois isso aumenta a produção de ácidos no estômago;
- Coma pequenas porções de alimentos no decorrer do dia;
- Evite frituras e prefira alimentos cozidos, assados ou grelhados;
- Mastigue devagar e não beba líquidos durante as refeições.

O que fazer para diminuir o mal-estar matinal? "Quando a mulher já acorda enjoada, uma ou duas bolachas de água e sal podem melhorar o sintoma", ensina a nutricionista Eliener de Souza Fazio, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ela lembra que, no período de gestação, os líquidos gelados trazem mais alívio do que as bebidas quentes.


Novidade no tratamento de enjoo

A Febrasgo (Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia) divulgou uma normativa, baseada em evidências científicas, sobre o tratamento mais indicado para as gestantes. A recomendação oficial inicial prevê a adoção da prescrição de piridoxina com extrato de gengibre, única combinação disponível no Brasil considerada classe A, ou seja, que não apresenta risco algum para a gestante nem para o bebê. O tratamento só poderá ser indicado pelo obstetra.

Conversamos com o ginecologista e obstetra Corintio Mariani Neto, autor da normativa Náuseas e vômitos na gestante (NVG) sobre as propriedades do gengibre:

Comer gengibre pode ajudar a aliviar os casos de enjoos mais simples?
Quem tem o hábito de comer ou chupar bala de gengibre e continua fazendo isso na gravidez costuma ter menos enjoo. O grande problema é que não se sabe qual é a concentração de gengibre em cada produto e, às vezes, pode ser uma dose muito alta, não indicada para a gestante. Como não sabemos, falamos para as grávidas terem cautela. Elas devem tomar cuidado, principalmente, com o extrato de gengibre.

Como atua no organismo a combinação de piridoxina com extrato de gengibre?
A piridoxina age no sistema nervoso central da gestante, exatamente na região do cérebro aonde existe os neurotransmissores que são responsáveis pela parte do enjoo – ela age estabilizando, neutralizando o efeito desses neurotransmissores. O gengibre tem uma ação visceral e central, que atua nessa mesma região do cérebro. Além disso, ele ajuda a combater náuseas e vômitos das gestantes que têm muita salivação. No passado, não existia nenhum remédio como esse, é realmente uma inovação. Mas atenção: é necessário que o médico prescreva a medicação.

Quando é indicada a prescrição?
No caso em que a paciente se queixa de náusea, o médico deve procurar resolver o problema recomendando um produto seguro. Quanto mais precocemente o médico impedir as náuseas, maior sucesso haverá no tratamento. Se houver queixa de enjoos, ele pode prescrever. Em particular, esse produto já vem com o gosto de gengibre.

A medicação é indicada para qualquer tipo de enjoo?
Sim. Se começar a tratar com piridoxina um caso mais grave, provavelmente, não vai surgir tanto efeito. A piridoxina é a primeira alternativa para quando a gestante começa a ter enjoos. Por isso, o sucesso é grande.

Existe alguma contraindicação?
Não. No passado, às vezes, evitava-se tratar os enjoos logo no começo, pois a maioria dos medicamentos tinham restrições. Mas, a piridoxina não tem efeito colateral para a mãe ou para o bebê. Por isso, ela está sendo considerada a primeira escolha dos médicos. Mas, há alguns casos mais graves em que podem não funcionar. O ideal é que o medicamento seja tomado assim que os enjoos começarem.

Os cuidados necessários no primeiro trimestre de gravidez

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Os cuidados necessários no primeiro trimestre de gravidez


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Muitas mulheres nem desconfiam ainda da gravidez e uma verdadeira revolução já está se armando dentro delas. A produção de alguns hormônios cai, outros, específicos da gestação, passam a ser fabricados, a placenta começa a se formar e, rapidamente, o bebê desenvolve os principais órgãos. Até o final dos três primeiros meses, ele já vai estar até fazendo biquinho e mexendo pés e mãos. Tudo acontece num piscar de olhos! E é preciso estar atenta, pois essa também é a fase mais crítica para abortos e malformações decorrentes de doenças e deficiências nutricionais maternas. Então, não descuide: se você está tentando engravidar ou desconfia que o sonhado filhote já pode estar a caminho, confira os exames que deve fazer, entre numa dieta adequada e adote hábitos mais saudáveis. Afinal, esta é a hora de garantir um final feliz para sua gravidez.

Onde mora o perigo
"Em uma situação ideal, os cuidados deveriam começar antes mesmo da decisão de engravidar", afirma Victor Bunduki, especialista em medicina fetal, professor da Faculdade de Medicina da USP e professor assistente da Universidade René Descartes, de Paris, França. Na fase pré-concepcional, o obstetra pode analisar os antecedentes obstétricos e genéticos do casal, levantando casos de abortos recorrentes e de problemas de fundo genético, como a síndrome de Down. "A suplementação com ácido fólico é outro cuidado que, quanto antes for iniciado, melhor. A carência desse nutriente está diretamente relacionada à maior incidência de problemas neurológicos graves, como a ocorrência de DFTNs (defeitos no fechamento do tubo neural do bebê), que pode resultar em anencefalia", alerta Bunduki. Também é hora de imunizar a mãe contra doenças que possam comprometer a formação do feto, como a rubéola e a hepatite B. É o momento ainda de as hipertensas equilibrarem a pressão arterial, de as diabéticas controlarem o nível glicêmico e de as mulheres com tendência a engordar ou que começam a gestação mais pesadas iniciarem uma dieta para manter o peso em limites aceitáveis sem comprometer o desenvolvimento do bebê. Muitas vezes, porém, a gravidez acontece sem planejamento. E aí, o jeito é dar a partida no pré-natal assim que o resultado positivo se confirme. "É melhor não perder tempo, já que o primeiro trimestre é a base do bom desenvolvimento fetal. Nesse momento, muitos problemas que resultariam em abortos e malformações podem ser corrigidos", aconselha a obstetra Rosa Maria Ruocco, médica assistente da divisão de clínica obstétrica do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Afastando o risco de abortos
É preciso lembrar que o embrião possui metade da carga genética do pai e que essa bagagem é "estranha" ao organismo materno. Em circunstâncias normais, o bebê dribla o sistema imunológico da mãe e consegue chegar ao útero, dando início ao seu desenvolvimento e à formação da placenta, que vai nutri-lo e protegê-lo até o final da gestação. Há casos, porém, em que esse script fica incompleto. Um dos riscos é de que o sistema imunológico da mãe rejeite o embrião por considerá-lo um corpo estranho, provocando um aborto precoce. Quem já teve abortos espontâneos antes deve ficar esperta: "Alguns problemas exigem medicação especial logo após a concepção, outros podem ser revertidos com o uso de anticoagulantes, corticosteróides ou progesterona, desde que sejam identificados cedo", avisa Rosa Ruocco. Não há tempo a perder também quando a causa dos abortos naturais é uma circunstância conhecida como incompetência istmo-cervical. Trata-se de uma dilatação excessiva do colo de útero, a qual pode ser corrigida por meio de uma cirurgia simples, a cerclagem, antes que o bebê comece a ganhar peso - novamente, agir logo no início da gravidez aumenta as chances de sucesso.

Grávidas muito especiais
Os primeiros meses de gestação são particularmente críticos também para as mulheres com distúrbios que alterem a circulação ou sejam de fundo auto-imune. "Diabéticas, hipertensas, portadoras de problemas de tireóide ou de hipófise exigem cuidados redobrados ao longo de toda a gravidez, mas, no primeiro trimestre, eles são ainda mais indispensáveis", alerta o ginecologista João Bortoletti, especialista em medicina fetal do departamento de obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo. Essas disfunções comprometem a liberação de hormônios essenciais para o bom crescimento das células, prejudicando o desenvolvimento do bebê."Outra complicação especialmente grave no primeiro trimestre são doenças como toxoplasmose, rubéola e citomegalovirose, que também prejudicam a formação da placenta e do bebê", diz Rosa Ruocco. Seja qual for o caso, a medicina fetal hoje possui recursos para identificar e tratar precocemente muitos desses problemas. Dois exames são superimportantes para as mulheres que estejam em um desses grupos de risco ou tenham mais de 35 anos: o ultra-som morfológico e a translucência nucal. O primeiro permite detectar qualquer alteração estrutural do feto, como ausência de órgãos e membros, enquanto a translucência pode identificar com pequena margem de erro problemas genéticos, como a síndrome de Down. "Alterações no tamanho da nuca do bebê e ausência ou diminuição do osso nasal no feto são sinais de alerta importantes. Mas precisam ser identificados na hora certa. Por isso, o primeiro trimestre da gestação é um período precioso para garantir as melhores condições de desenvolvimento para o bebê", afirma Victor Bunduki.

Mudanças de hábito
Se você estágrávida ou planeja ter um bebê embreve, é hora de tomar alguns cuidados extras, em prática aquele velho plano de cultivar hábitos mais saudáveis de vida. Quem dá as dicas são os obstetras Rosa Maria Ruocco e Victor Bunduki.
- Suspenda o uso de analgésicos e antitérmicos. Só use remédios recomendados pelo obstetra.
- Diante do menor atraso menstrual, asmáticas, diabéticas, hipertensas e portadoras de problemas vasculares precisam substituir ou regular as doses dos medicamentos que usam no controle dessas doenças.
- Cremes dermatológicos que contenham ácido retinóico na fórmula não podem ser empregados, pois causam malformações. Evite também a exposição desnecessária a raio X.
- Fumantes precisam abandonar o vício ou, pelo menos, reduzir o consumo para até quatro cigarros diários. Bebidas alcoólicas e outras drogas devem ser igualmente descartadas. O alerta vale também para o futuro papai.
- Elimine ou diminua significativamente o consumo de cafeína, presente no café, chá preto, refrigerantes à base de cola e chocolates.
- Se você é adepta de atividades físicas de alto impacto, converse com o obstetra sobre a conveniência de diminuir o ritmo nesse primeiro trimestre.
- Previna-se contra a toxoplasmose. Não coma carnes cruas ou malpassadas e lave muito bem frutas e verduras. Use luvas sempre que manusear carnes cruas ou mexer na terra. Se tem gato, peça a outra pessoa para limpar a caixinha de areia do bichano.

Alimente sua gravidez
Certas carências nutricionais da mãe podem comprometer o desenvolvimento do bebê. Precisa estar particularmente atenta desnutrição subclínica. Mesmo sem nenhum sintoma aparente, as mulheres portadoras dessa condição apresentam déficit de nutrientes e, por isso, o organismo delas não consegue suprir as necessidades do feto. Além da indispensável suplementação de ácido fólico no primeiro trimestre, a nutricionista Tânia Rodrigues, diretora técnica da RG Nutri Consultoria Nutricional, faz uma lista do que não pode faltar de jeito nenhum numa gestação saudável.
Ácido fólico
Evita a ocorrência de DFTN (defeito no fechamento do tubo neural do bebê), que pode resultar em problemas graves, como a anencefalia e espinha bífida.
Onde encontrar: espinafre, feijão-branco,brócolis, laranja,repolho branco, fígado bovino,abacate, grão-de-bico, lentilha, escarola, pão de centeio. 
Vitaminas do complexo B
Equilibram a energia da mãe e são indispensáveis ao desenvolvimento neurológico e cerebral do bebê.
Onde encontrar: fígado e carne bovina, peixe, ovos, leite e cereais integrais. Equilibram a energia da mãe e são indispensáveis ao desenvolvimento neurológico e cerebral do bebê.
Vitamina B6
Previne contra as náuseas e enjôos, comuns no primeiro trimestre de gravidez, e contra a depressão.
Onde encontrar: fígado e carne bovina, cereais integrais e banana. Leite e derivados. Previne contra as náuseas e enjôos, comuns no primeiro trimestre de gravidez, e contra a depressão.
Cálcio
Regula os hormônios do bebê e garante a boa formação óssea. É chave para a composição do sangue. Sua carência leva à anemia e predispõe à geração de bebês de baixo peso e à ocorrência de hemorragias e infecções no parto.
Onde encontrar: carnes e grãos em geral, vegetais verde-escuros.
Ferro e zinco
Garante o crescimento normal do feto e é importante na formação das células. No primeiro trimestre de gestação previne o cretinismo, que causa retardo mental no bebê. Mas deve ser consumido com moderação.
Onde encontrar: fígado, carnes e leite.
Iodo
O excesso de iodo agrava inchaços e faz subir a pressão arterial.
Onde encontrar: sal iodado, frutos do mar e peixes de água salgada. 
Fibras
Ativam o funcionamento intestinal da mãe, que estará prejudicado por causa dos hormônios da gravidez.
Onde encontrar: verduras, legumes, frutas e cereais integrais, como aveia, trigo, milho e arroz. 


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Dez sinais que merecem atenção no final da gravidez

1- No fim da gravidez, a barriga vai abaixando, porque o bebê está se posicionando para o nascimento.


2- Sentir as famosas contrações não é sinônimo de que está em trabalho de parto. Normalmente, elas só indicam que a criança está prestes a nascer quando obedecem um determinado ritmo: três contrações seguidas, que duram mais de um minuto cada, no intervalo de 10 minutos

3- As contrações são causadas pela liberação de substâncias que preparam o corpo para o parto, principalmente pela ocitocina. As dores começam nas costas e se conduzem para frente, em direção à vagina.

4-- A bolsa é uma proteção contra as agressões do meio externo. Quando rompe, a mulher elimina o líquido amniótico e há a tendência de entrada de bactérias, por exemplo. Mas, calma, uma contaminação pode levar horas ou dias para ocorrer, o que não elimina a necessidade de procurar um médico caso isso aconteça.

5- Em média, a mulher tem cerca de 1 a 1,5 litro de líquido amniótico. Ele pode ser claro, amarelado ou esverdeado. Se estiver esverdeado, é sinal de que há sofrimento fetal (a criança está passando por algum problema e, neste caso, precisa nascer logo).

6-O rompimento da bolsa não significa necessariamente que a grávida está em trabalho de parto.

7- O fato de cair o tampão (substância que protege, temporariamente, o colo do útero e evita a entrada de bactérias) não significa, obrigatoriamente, que a mulher está prestes a dar à luz. Conforme vai chegando o momento do nascimento, o bebê pode forçar para abrir um pouco o colo (dilatação) e a mãe acaba liberando esse muco protetor. A perda do tampão facilita a ruptura da bolsa.

8- O tampão é gelatinoso e pode ser branco ou amarelado.

9- Se sentir contração, a bolsa romper ou eliminar o tampão, procure um médico. Isso vale também caso tenha algum sangramento ou outro desconforto. Portanto, tenha sempre à mão o telefone do profissional e da maternidade.


10- Quando a gravidez chega a 36 semanas, é importante deixar uma mala pronta para a mamãe e o bebê. Para saber exatamente o que deve levar, informe-se no hospital, porque há maternidades que fornecem camisolas ou que não usam as roupas dos bebês nos primeiros dias.