segunda-feira, 17 de agosto de 2015

7 benefícios de ser mãe depois dos 35

andreia vieira


7 benefícios de ser mãe depois dos 35


1. MAIS PACIÊNCIA


“Mamães mais velhas tendem a investir mais na educação dos filhos e ainda têm mais experiência e sabedoria para compartilhar com eles”, conta o ginecologista Marcello Valle, especializado em Reprodução Humana, da clínica Origem, no Rio de Janeiro. Além disso, terão mais oportunidades para levar os filhos na escola, participar de reuniões escolares e “ainda costumam ter mais paciência com as crianças”, avalia a psicóloga e psicoterapeuta, Cynthia Schincaglia, do Rio de Janeiro.

2. MAIS MATURIDADE

Os benefícios não são uma exclusividade das mamães, não. Com o passar do tempo, os papais também tendem a ter uma melhor situação financeira. Isso se reflete na segurança que ele vai oferecer ao bebê. “O homem mais velho conta com uma estabilidade bastante importante para a chegada do filho – o que melhora a relação do casal e a revigora”, diz Soraya Deminicis, psicóloga e sexóloga, de São Paulo

3. MAIOR DISPONIBILIDADe PARA A CRIANÇA

Quanto mais velhos forem os pais, mais presentes estarão na vida dos filhos, pois já deram conta de suas prioridades e podem planejar melhor o futuro da criança. “Com mais de 35 anos, o casal está maduro e tem uma relação equilibrada – o que é ótimo para a educação das crianças”, explica Cynthia. “Sem contar a disponibilidade de tempo: aos 20 anos, parece que o mundo está correndo lá fora. Essa sensação não aflige as mulheres mais maduras com tanta intensidade”, acrescenta a ginecologista e obstetra Maria Cecília Erthal, diretora médica do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, no Rio de Janeiro.

4. RISCO DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO DIMINUI

A maior incidência de depressão pós-parto ocorre nas mães que têm entre 15 e 24 anos. “Com mais de 35 anos, a gestação tende a ser planejada, o que diminui a chance de depressão pós-parto”, explica Marcello.

5. GRAVIDEZ TRANQUILA

Alterações hormonais em gestantes fazem com que as emoções oscilem bastante. Porém, em mulheres mais velhas, a proporção que esses sentimentos tomam é menor graças à maior experiência de vida. “A oscilação de emoções sempre ocorre na gravidez, tanto nas mães mais jovens como nas mais velhas, mas o que muda é a maneira de lidar com elas”, explica Soraya.

6. SAÚDE EM DIA

Quando a mulher tem mais de 35 anos, o risco de desenvolver diabetes, hipertensão arterial na gestação e ter um parto prematuro são maiores. Graças a isso, gestantes mais maduras costumam fazer um acompanhamento mais rigoroso nessa fase e tomam mais cuidados com a saúde do que as mamães mais novinhas.

7. MELHOR RELAÇÃO COM O CORPO

Segundo Soraya, essas mulheres mais experientes também lidam melhor com as mudanças que ocorrem no corpo – o que faz bem até para a sexualidade delas. “A relação da mulher com o seu corpo se torna mais consciente, impedindo que as alterações causem impacto na vida sexual e na interação com o parceiro”, finaliza a psicóloga e sexóloga.




terça-feira, 11 de agosto de 2015

O bebê não é de vidro

andreia vieira

O bebê não é de vidro: saiba como cuidar do recém-nascido sem exagerar

Nos primeiros meses de vida, é preciso ter cuidados, mas o bom senso deve prevalecer


É melhor pedir para que as visitas não venham no primeiro mês do bebê?

Não é proibido receber visitas nos primeiros 30 dias de vida da criança. A chegada de um bebê traz alegria para toda a família e é natural que os parentes queiram conhecê-lo. O que se recomenda é evitar muitas pessoas de uma única vez e que as visitas sejam demoradas. O tempo ideal de permanência é de, no máximo, 45 minutos. Assim torna-se possível respeitar o período de descanso da mãe –que ainda está se adaptando ao novo ritmo de sono– e do bebê. Além disso, é preciso combinar o melhor horário de modo a não atrapalhar as mamadas.

As visitas podem pegar o bebê no colo?

Essa não é a situação ideal, já que o recém-nascido precisa de sossego e de interação com o pai e a mãe, não com desconhecidos. Mas, como muitas vezes é impossível evitar, peça aos visitantes que lavem bem as mãos com água e sabão antes. E não permita que peguem a criança se estiverem com qualquer doença infecciosa, ainda que seja aparentemente um simples resfriado. E não é preciso usar álcool em gel para desinfetar as mãos. Basta lavar bem com água e sabão.

É preciso esterilizar mamadeiras e chupetas?

Pelo menos nos primeiros seis meses de vida, o ideal é que a criança receba apenas leite materno. Caso precise usar a mamadeira, ela deve ser esterilizadas antes de cada uso. Para isso, leve os utensílios ao fogo em uma panela com água até que levante fervura (consulte o modo de higienização na embalagem da mamadeira). Se preferir, é possível usar esterilizadores, que permitem controlar o tempo de exposição ao calor e evitar de danificar o produto. No caso da chupeta, basta esterilizar uma vez por dia (isso se ela não cair no chão, por exemplo).

O bebê não deve sair de casa no primeiro mês?

Pode sair de casa, só não deve frequentar lugares com aglomeração de pessoas, como festas infantis, supermercados e shoppings. Desde que o tempo esteja bom, os passeios ao ar livre estão liberados também. O sistema imunológico da criança é frágil e por isso é bom evitar expô-la a vírus e a bactérias que circulam no ar.

Atenção, ter tomado as primeiras doses das vacinas não garante que a criança esteja completamente imunizada. O bebê só completa o chamado primeiro esquema de vacinação por volta de seis meses, por isso o que vale é o bom senso ao escolher os primeiros passeios.

É preciso visitar o pediatra periodicamente nos primeiros meses?

Sim, isso é imprescindível para que o crescimento e o desenvolvimento do bebê sejam acompanhados de forma bem orientada. Segundo a SBP, o bebê deve fazer a primeira consulta com o pediatra ainda na primeira semana de vida. Estando tudo bem, a criança retorna quando estiver prestes a completar o primeiro mês. No primeiro semestre de vida do bebê, as visitas devem ser mensais. A partir do segundo semestre, podem acontecer de dois em dois meses.

A casa deve ficar na penumbra e em silêncio?

Não, a casa deve manter seu ritmo e rotina. Assim o bebê vai, aos poucos, reconhecer o ambiente e diferenciar o dia da noite. É claro que é melhor evitar muito barulho, para não assustar a criança nem deixá-la agitada demais.

É proibido usar lencinhos umedecidos nos primeiros meses de vida?

Os lenços umedecidos devem ser evitados no dia a dia. O melhor é limpar a região genital da criança com algodão embebido em água morna no momento da troca da fralda, pois algumas crianças apresentam reações alérgicas às substâncias químicas contidas nesse tipo de produto. No entanto, o lencinho umedecido pode ser utilizado em casos especiais, como em um passeio ou em lugares em que a mãe não tenha possibilidade de realizar a limpeza da maneira recomendada.

Se o casal tiver um animal, é melhor deixá-lo na casa de alguém até o bebê crescer?

Não há necessidade de retirar o animal da casa, mas é conveniente não deixar que ele tenha acesso ao quarto da criança. É também aconselhável evitar o contato direto do bebê com o bicho, pelo menos nos seis primeiros meses de vida. Mas como não há um consenso da comunidade científica sobre o assunto –porque há crianças com problemas de alergia e diferentes tipos de bichos– é bom que os pais tomem orientações com o pediatra do filho e observe se ele apresenta algum sintoma.

O recém-nascido não deve ter contato com outras crianças?

O recém-nascido pode e deve ter contato com as crianças da família. Mas, se possível, é melhor evitar receber muitas visitas de crianças pequenas, que sempre querem tocar o bebê e pegá-lo no colo.
Devido à imaturidade do sistema imunológico, e pelo fato de ainda não ter recebido todas as vacinas contra as doenças da infância, o ideal é que crianças não frequentem escolas ou creches nos primeiros meses de vida. Mais uma vez, não há consenso entre os especialistas, mas, em linhas gerais, os pediatras costumam sugerir esperar até o segundo ano da criança, quando seu sistema imunológico estará fortalecido.
Mas os pais que precisam deixar seus filhos nesses locais mais precocemente não precisam se culpar. Nem sempre o ideal é o possível, e isso deve ser levado em consideração. Nesses casos, uma conversa com o pediatra do bebê pode ajudar. O especialista pode informar sobre quais são as doenças mais comuns em crianças que frequentam berçários e escolas e suas formas de prevenção. O médico do bebê ainda pode dar dicas para os pais escolherem melhor a instituição que irá cuidar de seus filhos, auxiliando-os a observar aspectos de higiene do lugar, se exige caderneta de vacinação em dia e como a instituição controla o acesso de crianças doentes.

O bebê pode dormir sozinho no quarto?

Sim, pode e deve. Muitos pais têm dúvidas sobre a melhor posição para o bebê dormir. A recomendação do Ministério da Saúde e da SBP, entre outras instituições, diz que o bebê deve dormir de barriga para cima, pois pesquisas mostram que essa posição reduz em até 70% o risco de morte súbita, uma das principais causas de óbitos de crianças com até um ano.

A moleira do bebê não deve ser tocada?

Não existe apenas uma moleira ou fontanela (seu nome científico) na cabeça do bebê. Mas a que está localizada no alto da cabeça, chamada de fontanela anterior, é a mais conhecida e temida pelos pais. Realmente, trata-se de uma região um pouco mais sensível, uma vez que nela os ossos do crânio não se encontram totalmente unidos. Mas isso não significa que não possa ser tocada. A mãe pode passar a mão tranquilamente na hora do banho, fazer carícias, pentear. E não se impressione ao ver a região pulsar, o que é resultado da pressão arterial no cérebro. Isso é normal, especialmente quando a criança chora. Até por volta do 15º mês de vida, ela deve estar fechada.
*Com colaboração de Adriana Nogueira